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Resultado das eleições torna menos plausível política externa assertiva do Brasil (Estadão)

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Triunfos de bolsonaristas no Legislativo limitam espaço para País se destacar nos debates globais sobre mudanças climáticas, saúde global e multilateralismo

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As numerosas vitórias de candidaturas bolsonaristas nas corridas para Senado, Câmara Federal e governos estaduais terão um profundo impacto na política externa brasileira ao longo dos próximos anos. Quem acreditava que a possível eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitiria que o Brasil pudesse simplesmente retomar uma agenda externa ambiciosa verá suas expectativas frustradas.

O ativismo externo do Brasil entre 1995 e 2013 só foi possível devido a um raro período de estabilidade política doméstica e consolidação democrática que começou com o Plano Real e terminou com a onda de manifestações de junho de 2013. A atuação internacional da época, que viu o Brasil liderar uma negociação de paz entre Peru e Equador em 1995, evitar um golpe no Paraguai em 1996, chefiar uma missão de paz no Haiti em 2004 e virar membro fundador do grupo Brics nos anos seguintes, só foi possível porque os presidentes podiam dar-se ao luxo de não se preocupar permanentemente com as tensões…

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SOBRE

Oliver Stuenkel

Oliver Della Costa Stuenkel é analista político, autor, palestrante e professor na Escola de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. Ele também é pesquisador no Carnegie Endowment em Washington DC e no Instituto de Política Pública Global (GPPi) ​​em Berlim, e colunista do Estadão e da revista Americas Quarterly. Sua pesquisa concentra-se na geopolítica, nas potências emergentes, na política latino-americana e no papel do Brasil no mundo. Ele é o autor de vários livros sobre política internacional, como The BRICS and the Future of Global Order (Lexington) e Post-Western World: How emerging powers are remaking world order (Polity). Ele atualmente escreve um livro sobre a competição tecnológica entre a China e os Estados Unidos.

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