Mesmo se Moscou usar bomba atômica contra a Ucrânia, resposta do Ocidente deve se limitar a armas convencionais
10/10/2022 | 05h00
O debate público russo sobre a invasão à Ucrânia – ainda chamada oficialmente de “operação militar especial” pelo governo de Vladimir Putin – mudou de forma significativa ao longo das últimas semanas. Enquanto não havia quase nenhum espaço para questionar a guerra durante os primeiros meses, cresce agora o número daqueles que criticam o desempenho militar russo de forma aberta – algo nada trivial em um país onde “desacreditar as forças armadas” prevê sentença de até 15 anos de prisão.
Porém, pelo menos uma parte dessas críticas parece ser orquestrada pelo próprio Kremlin em uma tentativa de convencer a população de que os recentes fracassos na Ucrânia não são culpa do presidente, mas de seus generais. Não surpreende, portanto, que Vladimir Putin tenha optado…